Sr. Dito e D. Lurdes

lar das crianças pe. benevides
Pedra fundamental do Lar das Crianças no Embaú, Cachoeira Paulista/SP. [1. D Lurdes Conceição Barros | 2. Benedito da Silva Barros | 3. Pe. João Benevides do Rosário]. Foto: arquivo da família Barros.

Benedito da Silva Barros, mais conhecido como o Sr. Dito, foi um importante empresário das décadas de 50 a 90 em Cachoeira Paulista no ramo de padaria, mercearia e sorveteria.

Ele aprendeu o ofício de padeiro com seu irmão, José da Silva Barros, que o convidou para trabalhar na padaria de seu sogro José Martins dos Santos, pai de Clarice dos Santos da Silva Barros (esposa de José). Após um tempo de trabalho na padaria de José dos Santos, Sr. Dito foi trabalhar na cidade de Aparecida/SP. Em Aparecida ele aperfeiçoou ainda mais sua arte de padeiro aprendendo várias receitas de pães que ainda não existiam em Cachoeira Paulista.

Em 1953, Sr. Dito se casa com D. Lurdes da Conceição (Lopes) Barros, em Aparecida, e tem seu primeiro filho. Depois, volta com sua família para Cachoeira e monta uma mercearia na Rua 7 de Setembro no prédio de seu cunhado Geraldo José da Silva – casado com sua irmã Josefa da Silva Barros.

Posteriormente, ele monta sua primeira padaria no mesmo prédio do seu cunhado. A partir desse momento começa sua história de empresário no ramo de padaria. Com uma habilidade judaica natural para o comércio, Sr. Dito traz para Cachoeira novidades de pães que aprendera em Aparecida, como o famoso pão Bandeirantes, por exemplo. Além disso,  a padaria tinha o famoso sorvete do Sr. Dito. Os turistas de passagem para o sul de Minas Gerais, vindo da cidade de São Paulo, faziam fila na padaria da 7 de Setembro para comprar o sorvete feito com frutas naturais de forma completamente artesanal. Durante esse período, o casal teve mais 5 filhos. Uma filha, a Elisete, faleceu aos 9 meses de idade.

Após alguns anos ele compra um prédio na Av. Coronel Domiciano e abre outra padaria, onde seria seu apogeu como empresário. Nessa época o Sr. Dito empregava mais de trinta funcionários em sua empresa. Isso para os padrões da época em Cachoeira Paulista era algo significativo. Logo depois, Sr. Dito compra um terreno na Rua 7 de Setembro onde constrói sua casa. E, mais tarde, uma sorveteria, que, da mesma forma, obteve sucesso. Foi a maior sorveteria da cidade.

Durante todo esse tempo Dito e Lurdes foram benfeitores de obras sociais religiosas em Cachoeira. Certamente, a mais importante delas foi a fundação do Lar das Crianças do Pe. Benevides, que abrigava crianças desassistidas. O casal também foi membro ativo do Rotary Club como voluntários nos serviços humanitários,  deixando um grande legado à história rotariana cachoeirense. Da mesma forma, foi de suma importância a colaboração do casal ao Asilo São Vicente de Paulo, onde Benedito também foi missionário. Também foram benfeitores das paróquias de São Sebastião e Santo Antônio. Além de festeiros (organizadores) por vários anos das quermesses dessas paróquias.

A senhora Lurdes faleceu prematuramente em outubro de 1985, e o Sr. Dito, em 2014. O casal deixou 4 filhos, 9 netos e 8 bisnetos.

Genealogia do casal:

Benedito da Silva Barros, nasceu no dia 22 de agosto de 1929, às 21 horas na casa de seu pai, perto do bairro das Palmeiras, em Cachoeira Paulista. Filho de Roque da Silva Barros e Carmem Maria de Jesus. Avós paternos Joaquim da Silva Barros e Cândida Maria Christina, e, maternos Alfredo Rodrigues Sebastião e Belmira Maria de Jesus (Belizário).

Lurdes da Conceição (Lopes) Barros, nasceu no dia 23 de abril de 1937. Filha de Benedito Lopes da Silva e Benedita Maria da Conceição. Avós paternos Antonio João de Macedo e Anna Joaquina da Silva, e, maternos Francisco José Souza e Benedita Maria de Jesus.

Acesse a árvore da família Barros:
https://www.familysearch.org/tree/pedigree/landscape/GMZZ-5JM

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